A sociedade evoluiu mediante a competição entre grupos humanos; quanto maior a divisão de tarefas entre indivíduos, maior era a chance do seu grupo prevalecer sobre os outros.
A divisão de funções se associou a questão sexual, cabendo geralmente a mulher funções ligadas a manutenção da espécie, como criação e alimentação, e ao homem funções ligadas ao comando da espécie, como a guerra e o governo. Estas funções por milênios foram tão valorizadas que o homem subjugou a mulher à sua vontade, negando-lhe igualdade de direitos, utilizando da violência como “direito natural” para manter o sexo feminino submisso.
A proteção da mulher contra a violência masculina existe a uma mísera fração do tempo da história humana. A geração atual formou-se numa sociedade sob o domínio masculino, que traz em suas raízes a violência contra a mulher como algo inquestionável, estimulada, ou no mínimo, tolerada.
A indignação surge ao perceber que os indivíduos, guiados por um “senso comum” imperceptível a maioria, são induzidos a assimilar a violência contra a mulher como fenômeno de “menor importância” se comparado a outros delitos, e, portanto, admissível. Porque ocupar a Polícia e a Justiça com agressores de mulher, quando há tantos traficantes, assaltantes e assassinos a serem punidos? Para muitos a pergunta faz todo o sentido. Prova inconteste é que “famosos” músicos, esportistas e astros, mesmo após agredirem mulheres, continuam idolatrados do mesmo modo pelas pessoas e com a mesma exposição na mídia. A grande maioria se cala diante da violência “doméstica”, visível hoje até entre namorados, aplicando um dos mais nefastos adágios populares: em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.
Este raciocínio, apesar de repugnante, é mais comum do que imaginado. A mídia constantemente relata casos de assassinato e estupro de mulheres por seus maridos, conviventes, namorados, até pais e filhos, ao que se segue uma grande comoção pública pela prisão e condenação do acusado, não sendo raros casos de vingança e linchamento. Contudo poucos atentam que frequentemente a mulher já foi vítima de outras humilhações e violências pelas mãos do mesmo agressor.
A omissão social diante destas violências popularmente “menores”, inclusive a tolerância dos próprios familiares, é o principal estímulo para que estas agressões físicas e verbais se repitam e evoluam, chegando a morte. Há quem justifique que “hoje em dia, a mulher só aceita agressão porque quer, ou pior, porque gosta”. Tal alegação é insensível a situação feminina, por vezes em dependência econômica de seu agressor, outras em terror psicológico causado pelo homem, ameaçando a vida da mulher e seus familiares. Além de não motivar a violência de que é vítima ou dispor da segurança física, mental e econômica para defender-se, geralmente a mulher nutre algum sentimento afetuoso pelo seu agressor. Este amor da vítima, que a impede de revidar ou resistir a agressão, na inocente esperança de ser o último ato violência, mostra o quanto tal criminoso é indigno da condição humana.
Independente da proximidade com a vítima, denunciar estes crimes é mais que um dever do cidadão, é uma prova de consciência humana. Esta violência covarde é um crime intolerável, e assim deve ser tratado todo homem agressor de mulher: como criminoso, distinto das pessoas honestas e submetido ao peso da justiça.
A divisão de funções se associou a questão sexual, cabendo geralmente a mulher funções ligadas a manutenção da espécie, como criação e alimentação, e ao homem funções ligadas ao comando da espécie, como a guerra e o governo. Estas funções por milênios foram tão valorizadas que o homem subjugou a mulher à sua vontade, negando-lhe igualdade de direitos, utilizando da violência como “direito natural” para manter o sexo feminino submisso.
A proteção da mulher contra a violência masculina existe a uma mísera fração do tempo da história humana. A geração atual formou-se numa sociedade sob o domínio masculino, que traz em suas raízes a violência contra a mulher como algo inquestionável, estimulada, ou no mínimo, tolerada.
A indignação surge ao perceber que os indivíduos, guiados por um “senso comum” imperceptível a maioria, são induzidos a assimilar a violência contra a mulher como fenômeno de “menor importância” se comparado a outros delitos, e, portanto, admissível. Porque ocupar a Polícia e a Justiça com agressores de mulher, quando há tantos traficantes, assaltantes e assassinos a serem punidos? Para muitos a pergunta faz todo o sentido. Prova inconteste é que “famosos” músicos, esportistas e astros, mesmo após agredirem mulheres, continuam idolatrados do mesmo modo pelas pessoas e com a mesma exposição na mídia. A grande maioria se cala diante da violência “doméstica”, visível hoje até entre namorados, aplicando um dos mais nefastos adágios populares: em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.
Este raciocínio, apesar de repugnante, é mais comum do que imaginado. A mídia constantemente relata casos de assassinato e estupro de mulheres por seus maridos, conviventes, namorados, até pais e filhos, ao que se segue uma grande comoção pública pela prisão e condenação do acusado, não sendo raros casos de vingança e linchamento. Contudo poucos atentam que frequentemente a mulher já foi vítima de outras humilhações e violências pelas mãos do mesmo agressor.
A omissão social diante destas violências popularmente “menores”, inclusive a tolerância dos próprios familiares, é o principal estímulo para que estas agressões físicas e verbais se repitam e evoluam, chegando a morte. Há quem justifique que “hoje em dia, a mulher só aceita agressão porque quer, ou pior, porque gosta”. Tal alegação é insensível a situação feminina, por vezes em dependência econômica de seu agressor, outras em terror psicológico causado pelo homem, ameaçando a vida da mulher e seus familiares. Além de não motivar a violência de que é vítima ou dispor da segurança física, mental e econômica para defender-se, geralmente a mulher nutre algum sentimento afetuoso pelo seu agressor. Este amor da vítima, que a impede de revidar ou resistir a agressão, na inocente esperança de ser o último ato violência, mostra o quanto tal criminoso é indigno da condição humana.
Independente da proximidade com a vítima, denunciar estes crimes é mais que um dever do cidadão, é uma prova de consciência humana. Esta violência covarde é um crime intolerável, e assim deve ser tratado todo homem agressor de mulher: como criminoso, distinto das pessoas honestas e submetido ao peso da justiça.
Um comentário:
receba meu aplauso em pé....
fiquei emocionada não apenas por ser mulher, mas por saber que existem homens que se levantam em nosso favor... belo post
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